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quarta-feira, 23 de novembro de 2011



SAMYAMA – DISCIPLINA- संयमः

Olá meu Cantinho !
Que coisa boa é uma prática de Swásthya Yôga logo pela manhã às 06:00, ainda melhor com um Mestre: estou me sentindo energizada, ou melhor, equilibrada como há muito não sentia!

Por isso, hoje, quero dividir aqui neste meu espaço, um pouco de conhecimento que recebemos do querido MESTRE e Maestro Carlos Cardoso; Mestre de Swásthya Yôga.
No fim de semana passado, estivemos em uma imersão de conhecimento, com cursos :
  • Introdução a LÍNGUA SÂNSCRITA, ( maravilhoso) - संस्कृत,
  • Concentração,
  • Meditação.
Com certeza um fim de semana onde todas as nossas vontades foram colocadas a prova. A vontade de aprender, de continuar mesmo com todas as dificuldades, superar a vontade de dormir, de descansar, a vontade de parar, a vontade de saber tudo ao mesmo tempo!!!!!.
Mas, sobre tudo, a vontade de ir mais a fundo se perguntando “ QUEM SOU EU, do que eu posso ser capaz”.
Muitas outras coisas foram experimentadas ( a parte do curso ) neste fim de semana: A tolerância, o apego e desapego, a respeitar o limite do outro, a conhecer melhor os meus limites e como manter os sentidos quando alguém ultrapassa os meus limites.
Os conflitos interiores não podiam estar de fora. Ahh! Como foi difícil encarar cada um de frente e enxergar o que eu quero, o que não quero e os admitir para mim mesma, ainda que sem coragem de falar. E os desejos que nos consomem quando não atendidos... isso sim, precisamos cuidar, pois vira desapontamento.
Estou aprendendo muito com a leitura do livro BHAGAVAD GÍTÁ, do qual já comentei por aqui. Os conflitos interiores do Príncipe Pandavus a frente da batalha, e Krishna ( avatar de Vishnu) sabiamente passa-lhe os conhecimentos da vida.

Hoje, quero comentar sobre um de seus ensinamentos:
Como se lida com o Desejo:

Krishna define o Desejo como Shama ( controle dos desejos) e Dama ( autocontrole ). Ninguém tem o controle total do que acontece na mente, pois o desejo vem, aparece. Mas, pode ter o controle do que fazer após isso, identificando e disciplinado o pensamento, tendo controle dos sentimentos, passando a usar a mente como um instrumento a nosso favor. Mas, muitas vezes esse instrumento ganha vida própria e nos domina. A mente é como um carro, que temos que saber conduzir, usando a nosso favor, como instrumento para interagir com o mundo. Caso contrário, você vai para um lado e a mente para outro, entrando em colapso. Ela tem sua natural expressão. Então é necessário aprender como a mente se expressa para conseguir entender a natureza dos pensamentos. Muitas vezes, eles nos pregam peças.
Vamos, passo a passo aprendendo a conhecer a própria mente e isso é por fim o Yôgi. O yôgin não é aquele que tem a mente perfeita e sim aquele que conhece a sua mente, conhece as riquezas dela, mas, mais ainda do que isso também conhece as suas FRAQUEZAS! O yôgin se constrói nas pequenas coisas do dia a dia, sabendo trabalhar com as expectativas e frustrações. Isso, só é possível com DISCIPLINA, que em sânscrito significa SAMYAMA - संयमः.
Samyama é o oitavo ánga da nossa prática de yôga, ao executar, DHÁRANA-धारणा ( concentração), DHYÁNA-ध्यान (meditação)  e SAMÁDHI ( hiperconsciência). Cada estágio desse processo deve ser buscado com muita disciplina e domínio da consciência, que abarca nossa mente. Buscar sempre a nona ética do Yôga - TAPAS – força de vontade, superação e SWÁDHYÁYA – autoestudo.
O aprofundamento do autoconhecimento faz com que percebamos nossos pontos fortes e fracos, e nos permite descobrir formas de nos aprimorar evoluindo como indivíduo e ser-humano.

É isso por hoje. Tenho a dizer que a cada dia me descubro um pouquinho mais, e que mesmo não tendo chegado a profunda meditação, mas só estar próximo a isso já me deixa melhor, aquieta minha mente, e me devolve ao caminho do conhecimento,  abandonando conflitos interiores.








mil Beijos,


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