SAMYAMA – DISCIPLINA- संयमः
Olá meu Cantinho !
Que coisa boa é uma
prática de Swásthya Yôga logo pela manhã às 06:00, ainda melhor
com um Mestre: estou me sentindo energizada, ou melhor, equilibrada
como há muito não sentia!
Por isso, hoje, quero
dividir aqui neste meu espaço, um pouco de conhecimento que
recebemos do querido MESTRE e Maestro Carlos Cardoso; Mestre de
Swásthya Yôga.
No fim de semana
passado, estivemos em uma imersão de conhecimento, com cursos :
- Introdução a LÍNGUA SÂNSCRITA, ( maravilhoso) - संस्कृत,
- Concentração,
- Meditação.
Com certeza um fim de
semana onde todas as nossas vontades foram colocadas a prova. A
vontade de aprender, de continuar mesmo com todas as dificuldades,
superar a vontade de dormir, de descansar, a vontade de parar, a
vontade de saber tudo ao mesmo tempo!!!!!.
Mas, sobre tudo, a
vontade de ir mais a fundo se perguntando “ QUEM SOU EU, do que eu
posso ser capaz”.
Muitas outras coisas
foram experimentadas ( a parte do curso ) neste fim de semana: A
tolerância, o apego e desapego, a respeitar o limite do outro, a
conhecer melhor os meus limites e como manter os sentidos quando
alguém ultrapassa os meus limites.
Os conflitos interiores
não podiam estar de fora. Ahh! Como foi difícil encarar cada um de
frente e enxergar o que eu quero, o que não quero e os
admitir para mim mesma, ainda que sem coragem de falar. E os desejos
que nos consomem quando não atendidos... isso sim, precisamos
cuidar, pois vira desapontamento.
Estou aprendendo muito
com a leitura do livro BHAGAVAD GÍTÁ, do qual já comentei por
aqui. Os conflitos interiores do Príncipe Pandavus a frente da
batalha, e Krishna ( avatar de Vishnu) sabiamente passa-lhe os
conhecimentos da vida.
Hoje, quero comentar
sobre um de seus ensinamentos:
Como se lida com o
Desejo:
Krishna define o
Desejo como Shama ( controle dos desejos) e Dama ( autocontrole ).
Ninguém tem o controle total do que acontece na mente, pois o
desejo vem, aparece. Mas, pode ter o controle do que fazer após
isso, identificando e disciplinado o pensamento, tendo controle dos
sentimentos, passando a usar a mente como um instrumento a nosso
favor. Mas, muitas vezes esse instrumento ganha vida própria e nos
domina. A mente é como um carro, que temos que saber conduzir,
usando a nosso favor, como instrumento para interagir com o mundo.
Caso contrário, você vai para um lado e a mente para outro,
entrando em colapso. Ela tem sua natural expressão. Então é
necessário aprender como a mente se expressa para conseguir entender
a natureza dos pensamentos. Muitas vezes, eles nos pregam peças.
Vamos, passo a passo
aprendendo a conhecer a própria mente e isso é por fim o Yôgi. O
yôgin não é aquele que tem a mente perfeita e sim aquele que
conhece a sua mente, conhece as riquezas dela, mas, mais ainda do
que isso também conhece as suas FRAQUEZAS! O yôgin se constrói nas
pequenas coisas do dia a dia, sabendo trabalhar com as expectativas e
frustrações. Isso, só é possível com DISCIPLINA, que em
sânscrito significa SAMYAMA - संयमः.
Samyama é o oitavo
ánga da nossa prática de yôga, ao executar, DHÁRANA-धारणा (
concentração), DHYÁNA-ध्यान (meditação) e SAMÁDHI ( hiperconsciência). Cada estágio desse processo
deve ser buscado com muita disciplina e domínio da consciência, que
abarca nossa mente. Buscar sempre a nona ética do Yôga - TAPAS –
força de vontade, superação e SWÁDHYÁYA – autoestudo.
O aprofundamento do autoconhecimento faz com que
percebamos nossos pontos fortes e fracos, e nos permite descobrir
formas de nos aprimorar evoluindo como indivíduo e ser-humano.
É isso por hoje. Tenho
a dizer que a cada dia me descubro um pouquinho mais, e que mesmo não
tendo chegado a profunda meditação, mas só estar próximo a isso
já me deixa melhor, aquieta minha mente, e me devolve ao caminho do
conhecimento, abandonando conflitos interiores.
mil Beijos,
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