
Domingo chuvoso, bom para aquele livro que fica a nossa espera.
Em momentos de conflito interior nada melhor do que um bom livro como conselheiro, amigo sábio que te traz um pouco de lucidez.
Nestes momentos de dúvidas, pouca fé no ser humano, é que gosto das lições que, providencialmente, um livro me dá.
E é exatamente isso que ocorre esse fim de semana, buscando entender as atitudes de certas pessoas, que encontro ao ler o livro “ Bhagavad Gítá “ em uma passagem que narra os conselhos de Krishna, o Deus-Supremo, a Arjuna, um dos cinco príncipes Pândavas, quando esse se opõe a batalha contra os seus, preferindo deixar-se matar a ter que enfrentar seu destino contra aqueles que desejam a batalha; procuro entender como agir, como não deixar tais sentimentos e ressentimentos me afetarem.
47. Seja, pois, o motivo das tuas ações e dos teus pensamentos sempre o cumprimento do dever, e faze as tuas obras sem procurares recompensa,
sem te preocupares com o teu sucesso ou insucesso, com o teu ganho ou o teu prejuízo pessoal. Não caias, porém, em ociosidade e inação, como acontece facilmente aos que perderam a ilusão de esperar uma recompensa das suas ações.
48. Coloca-te no meio entre esses dois extremos, ó príncipe, e cumpre, em tranquila resignação, o dever por ser dever, e não pela expectativa da recompensa. Conserva ânimo igual na ventura ou desventura: ASSIM É QUE FAZ O YÔGI.
49. Por muito importante que seja a sua reta ação, o primeiro lugar pertence sempre ao reto pensamento. Procura, portanto, o teu refúgio na paz e na calma do reto pensar, porque aqueles que baseiam o seu bem-estar só nas ações, com estas necessariamente perdem a felicidade e a paz, e caem na miséria e no descontentamento.
50. Quem atingiu a consciência de YÔGI é capaz de elevar-se acima dos resultados bons e maus. Esforça-te por atingir esta consciência, porque ela e a chave que abre o mistério da ação.
52. Quando te tiveres elevado acima da trama das ilusões, não te inquietarás com os cuidados e questões a respeito das doutrinas, nem com as disputas sobre ritos, cerimoniais e outros enfeites dispensáveis da vestimenta da idéia espiritual.
53. Livre serás, então, de todas as opiniões alheias, tanto das que se acham nos livros sagrados, como das dos teólogos eruditos ou dos que ousam interpretar o que não compreendem; em lugar disso, fixarás a tua mente na mais séria contemplação do Espírito, e assim alcançarás a harmonia com o teu EU REAL, que é a base de tudo.
55. Quando um homem, quebrou os vínculos dos desejos do seu coração e está internamente satisfeito consigo, atingiu a Consciência Espiritual e firmou-se no conhecimento.
56. A sua mente não é turbada nem pela adversidade nem pela prosperidade: aceita ambas, sem apegar-se a nenhuma. Nele não tem parte a ira, nem o medo, nem as paixões; ele merece o nome de sábio.
57. Com equanimidade suporta as vicissitudes da vida, tanto as favoráveis como as desfavoráveis; não se entrega nem à alegria excessiva, nem à tristeza. NADA LHE ROUBA A LIBERDADE.
Livro: Bhagavad Gítá - A mensagem do mestre. Traduzido por Francisco Valdomiro Lorenz
É com esse trecho que quero meditar ao longo da semana e buscar o equilíbrio dos
pensamentos, sem deixar que ações externas desestabilize o meu interior.
Sempre tão centrada e e exemplar no seu pensamento, Claudia. Um grande beijo no seu coração. Aproposito, um livro que nunca li e tenho curiosidade sobre ele é o Bhagavad Gítá.
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