
Bom dia Meu cantinho...
Que coincidência, hoje 7 de setembro comemoramos 189 anos da independência do Brasil.
Comemorar independência do quê, se vivemos em pequenas prisões, onde o poder político atua sobre os mais fracos para obter maiores lucros pessoais, onde empresas exigem cada vez mais dos seus empregados, onde religiões disputam seus discípulos com falsas doutrinações, onde até mesmo filosofias milenares que serviriam para a evolução do Ser são deturpadas em prol da dominação e bajules sutis para amansar um ego ferido .
Bem, mas a coincidência a que me refiro é porque hoje achei o filme que há algum tempo estava buscando para assistir e que também trata de doutrinação e como, mesmo passados séculos, o ser humano ainda continua usando religião e política distorcidas.
ALEXANDRIA ( ÀGORA).
O filme relata a história de Hypátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Hypátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana, Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana.
Hypátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésius, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama, secretamente. Ela não deseja casar-se, mas se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.
Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo Davus (que recebeu a alforria de Hypátia) se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cyril domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hypátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hypátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria.
É impressionante como o filme capta a mais vil intolerância e opressão e mostra com clareza como se manipulam textos, vontades e pessoas. E como, neste caudal imenso, ninguém, senão quem tem mais poder, tem alguma razão. Nos faz pensar sobre nós mesmos e nossas escolhas. Não é a religião que é má, nem a ciência que é boa... Cada uma tem o seu lugar. O que realmente prejudica tudo são aqueles que manipulam a religião, a política até mesmo a filosofia para obter vantagens.
Não posso deixar de comentar também como o amor nos aprisiona, mas ao mesmo tempo nos tá sentido a vida. No filme fica muito claro a prisão dos sentimentos e a revolta da rejeição, alterando até mesmo o destino de uma pessoa.
Mas, não quero que minhas percepções estraguem a sua visão do filme, recomendo que o assista.
Um ótimo feriado e parabéns povo brasileiro.
Olá minha Fênix ressurgida,
ResponderExcluirComo estás nesse feriado?
Suas pontuações sobre o uso errado da coisa certa é crua e, por isso, adorei o que escreveste... Crua no sentido de viva! De pulsante ainda! De sincera! De verdadeira... Feito você! Amo-te e o seu talento para a palavra é vivaz e crescente...Saiba disso e não esqueça nunca! Talento nunca te faltou, rainha de luz! Te amo e te agradeço!
Luz e Paz!
P.S.: Vou correndo assistir o filme que, vc sabe, me interessa demais... BJS!!
Realmente vivemos cada vez mais prisioneiros de um sistema politico e também religioso que ao longo dos tempos vem sendo distorcido de acordo com interesses escusos. Um beijo no seu coração.
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