
Olá queridos amigos do meu cantinho da FÊNIX,
Algumas postagens anteriores eu comentei sobre as normas éticas do Yôga e que todo yogin deve seguir na sua jornada pelo auto-conhecimento. Citei de início SANTÔSHA - A arte do contentamento.
Hoje, gostaria de continuar comentando sobre essas normas. Sabemos que estamos em constante vigília para sermos pessoas éticas, e sempre uma linha tênue nos separa do correto e do errado. Como sou instrutora de Swásthya Yôga, e muito grata em me tornar uma yôginí vou relatar as 10 normas éticas:
O Código de Ética do Yôga
I. AHIMSÁ - a não-agressão
II. SATYA - a verdade
III. ASTÊYA - não roubar
IV. BRAHMÁCHARYA - a não-dissipação da sexualidade
V. APARIGRAHA - a não-possessividade
VI. SAUCHAN - a limpeza
VII. SANTÔSHA - o contentamento
VIII. TAPAS - auto-superação
IX. SWÁDHYÁYA - o auto-estudo
X. ÍSHWARA PRANIDHÁNA - a auto-entrega
Abordarei hoje AHIMSÁ – a não-agressão
- A primeira norma ética milenar do Yôga é o ahimsá, a não-agressão. Deve ser entendido lato sensu.
- O ser humano não deve agredir gratuitamente outro ser humano, nem os animais, nem a natureza em geral.
- Não deve agredir fisicamente, nem por palavras, atitudes ou pensamentos.
- Permitir que se perpetre uma agressão, podendo impedi-la e não o fazendo, é acumpliciar-se no mesmo ato.
- Derramar o sangue dos animais ou infringir-lhes sofrimento para alimentar-se de suas carnes mortas constitui barbárie indigna de uma pessoa sensível.
- Ouvir uma acusação ou difamação e não advogar em defesa do acusado indefeso por ausência constitui confissão de conivência.
- Mais grave é a agressão por palavras, atitudes ou pensamentos cometida contra um outro praticante de Yôga.
- Inescusável é dirigir tal conduta contra um professor de Yôga.
- Sumamente condenável seria, se um procedimento hostil fosse perpetrado por um professor contra um de seus pares.
Preceito moderador: A observância de ahimsá não deve induzir à passividade. O yôgin não pode ser passivo. Deve defender energicamente os seus direitos e aquilo em que acredita.
Extraído do livro Tratado de Yôga, do Mestre DeRose
Sabemos que em todos os séculos houve agreções do ser humano contra sua própria raça, mas, percebemos cada dia mais acontece a banalização de tantos atos que me pergunto se somos mesmo seres humanos na sua integralidade, racional e evolutiva.
Chegamos num ponto em que a violência se espalha como praga por todos os setores da humanidade. Ela não escolhe país, religião, sexo, idade, profissão ou condição social atingindo indiscriminadamente qualquer pessoa, animal e até mesmo o meio ambiente. A violencia às vezes não é apenas física, muitas vezes somos atingidos por violência verbal, moral. Há uma sensação de insegurança por toda parte: indivíduo, instituição, sociedade ou nação. Ninguém se sente seguro e ninguém concorda com ninguém.
Sensação de abandono, raiva, sofrimento, culpa e medos, além, de exercerem influência no corpo, impedem a mente de usufruir sentimentos de paz e de amor tanto consigo mesmo como em relação aos demais.
Baseado no preceito de “Ahimsa – Não Violência", a ética mais importante em todas as escolas de filosofia indiana, conseguimos experimentar os benefícios de se ter a mente e o corpo tranqüilos e harmonizados entre si para detrimento da violência, uma vez que, ela é o reflexo de nossos desequilíbrios pessoais.
Quando começamos a ter consciẽncia da nossa fragilidade, e que não somos tão racional assim começamos o nosso caminho de evolução
Essa mudança básica nos pensamentos nos guiará a mudanças em nossas vidas pessoais. Cada um de nós pode fazer mudanças significativas para preservar a paz, saúde e harmonia entre todos os seres: tudo começa na consciência do ser.
Curiosamente me lembro de um dos 10 mandamentos da lei de Deus: Não matarás ( em todos os sentidos).
Mil beijos
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